Nos meus 30 anos de experiencia em injeção plastica, pude observar que raramente os reguladores de maquinas se preocupam em regular a maquina obtendo o melhor ciclo possível. Muitas vezes o acumulo de tarefas, o mau planejamento ou mesmo por desconhecimento, fazem estes profissionais se preocuparem apenas em colocar a maquina para "rodar" e assim se dirigirem para outras tarefas.
A otimização do ciclo de injeção precisar se realizado com cautela e sem pressa, pois ha necessidade de uma analise de quais parametros podem ser otimizados e de como faze-los pois podem ocorrem efeitos indesejados em determinadas situações.
Relaciono abaixo os parâmetros onde normalmente há maiores oportunidades de otimização.
- Tempo de injeção: O tempo tem que ser suficiente para preencher a peça e nada mais que isso, pois a compactação do material é função do recalque. Para saber se o tempo é suficiente começe com um tempo baixo e observe ate que ponto a peça é preenchida. Va aumentando gradativamente o tempo ate o preenchimento completo e então estabeleça o tempo.
- Tempo de resfriamento: De modo geral os profissionais ajustam este parâmetro com base em sua experiencia, mas ha uma maneira de calcular o tempo de resfriamento que descrevo nesta postagem: Como Calcular o tempo de resfriamento de peças injetadas . Claro que esse método de calculo oferece um direcionamento mas, devido as características como formato e aspectos dimensionais se faz necessario ajustes adicionais. Em determinadas situações o tempo de resfriamento é o parametro que mais consome tempo de ciclo, por isso a importancia em sua correta determinação.
- Tempo de recalque: Este é um parametro que requer um tempo muito pequeno da ordem de 1 ou 2 segundos, com exceção de algumas peças bem especificas. Deve-se levar em conta o efeito deste com base na distancia da entrada do material ate a região que se quer recalcar e tambem o tipo de entrada do material. Entradas do tipo submarinas e capilares resfriam rapidamente e tempos de recalque superiores ao tempo de solidificação das entradas de materiais são totalmente inúteis.
- Curso e velocidade de abertura do molde: O curso deve ser o mínimo suficiente para que haja espaço para se pegar a peça ou para que a mesma caia na caixa. A velocidade deve ser a maior possivel a partir do molde ja destravado. Em maquinas que possuem 3 fases de abertura e fechamento deve-se utilizar velocidades relativamente baixas no destravamento e no final de abertura e velocidades altas durante a abertura.
- Curso e velocidade de extração: O curso deve ser o minimo suficiente para que a peça se destaque do molde e possa ser pega com as mãos ou que caia na caixa. A velocidade deve ser alta, porém deve-se ter cuidado para que não ocorra deformações e que a placa extratora não se choque com violencia na placa do molde podendo causar danos a mesma. em determinadas situações é necessário repetir o ciclo de extração pois a peça não se destaca completamente no primeiro. Ha que ter cuidado para que o numero de ciclo seja exagerado consumindo assim maior tempo de ciclo.
Perfeito João…super esclarecedor.
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